PROJETO CONSTRUINDO NINHOS DE APOIO EDUCATIVO:
ENVOLVENDO AS DIFERENÇAS.
A Secretaria Municipal de Educação, comprometida em promover um atendimento de qualidade a todos os alunos, pensou no projeto “Envolvendo as diferenças”, para estimular os educadores, principalmente os professores de apoio da rede municipal de educação, para investirem e trabalharem individualmente com os alunos, que tem necessidades de atendimento especial, ou seja, educandos que fazem parte do quadro de inclusão nas escolas municipais de nova Ponte.
A proposta já foi disseminada no material didático fornecido aos alunos, como cadernos com as capas ilustradas com a diversidade, representada por crianças numa sala de aula regular.
Inclusive o lema exposto nestes materiais: “Educação de qualidade e para todos” revelam a intenção em proporcionar a todos discentes a forma de atendimento, com o mesmo compromisso, independente das individualidades ou comprometimentos físicos, psíquicos ou psicológicos, que eles apresentem.
A proposta de inclusão é bastante moderna e causa certa angústia por não termos uma cultura de aceita-los como cidadãos produtivos, mas esta ideia exclusiva e estagnada tem que ser derrubada. Por isso, em nossos municípios, mesmo sem sala especializada para umas práticas mais direcionadas para os alunos especiais, estamos criando essa conscientização de um trabalho diferenciando dos professores, em todas as escolas municipais, os quais pretendem mostrar para comunidade a habilidade de cada discente, que mesmo com laudo neurológico, pode ser estimulado a mostrar aprendizagem e estar inserido nas salas regulares.
Com este atendimento já formalizado nas sete escolas da rede municipal, houve uma séria triagem e troca de informações com diretores, supervisores e professores de apoio, que acompanham com mais frequência tais alunos.
Assim, totalizando quarenta e oito alunos, com déficits neurológicos, patológicos e deficiência de aprendizagem, onde foi necessário um diagnostico do médico neurologista para registrar especificamente o comprometimento intelectual ou cognitivo dos alunos.
Inclusive desde o início do ano letivo foi criado o EPAD (Encontro Pedagógico de apoio ao Docente), o qual conta com os apoios médicos, como psicólogos, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional para trabalharem com grupos de professores, no sentido de esclarecer e dar algumas dicas para viabilizar o trabalho docente, com o conhecimento técnico e mais elaborado de profissionais preparados para lidarem com os atendimentos aos alunos com necessidades especiais.
Assim, no primeiro bimestre a proposta do EPAD foi bem sucedida, pois houve uma grande articulação entre os profissionais da área médica e os grupos de professores, de todas sete escolas da rede municipal.
No semestre subsequente, com o conhecimento de cada área técnica seguiram com os atendimentos específicos e terapias individualizadas contando com os professores de apoio dentro das instituições escolares. Inclusive, foi elaborado pela fonoaudióloga um material especial para ser trabalhado por esse grupo de professoras, no atendimento aos alunos com dificuldade na fala, leitura e linguagem em geral.
Também para melhorar o acompanhamento das professoras, com atendimento diversificado foi pedido um diário de bordo, com registros de ações diárias e o PDI (Projeto de desenvolvimento individual), contando também com uma especialista pedagógica para coordenar e repassar sugestões e novidades dentro da perspectiva da inclusão escolar.
O Projeto “Envolvendo as diferenças” foi pensado para cumprir coerentemente a proposta do PNE (Plano Nacional de Educação) aprovado em 2014, o qual em consonância com o PME (Plano Municipal de Educação) trata como meta específica a Educação Inclusiva.
No Plano Municipal de Educação de Nova Ponte, para o decênio de 2015/2025 sob a Lei nº 1798/2015 contêm a seguinte descrição da Meta 4,com relação ao atendimento dos alunos especiais:
A garantia do acesso e permanência de todos os alunos à escola regular é necessária, porém insuficiente para que a educação inclusiva se efetive em nossas redes educacionais. O direito à diferença é determinante para que sejam cumpridas as exigências ditadas na Meta que prioriza os alunos com deficiência, propiciando a inclusão dos mesmos no processo escolar geral, na medida da individualidade de cada um.
Desta forma, para cumprir uma das metas, que na pedagogia moderna expressa uma necessidade urgente e até a referência do critério mais contundente da Constituição Brasileira, naquilo que amplamente refere à educação.
Tendo como premissa a “educação para todos” e essencialmente o preparo para a cidadania é que o projeto pode viabilizar a inclusão, no sentido mais real, dos alunos atendidos na rede municipal, dando ferramenta para as professoras de apoio trabalhar mais adequadamente. Sendo primordial a descoberta da habilidade de cada educando, para ter progresso no atendimento, por isso à necessidade do PDI de cada um.
É importante enfatizar que as escolas atendem três níveis de escolarização: Educação Infantil, Fundamental I e Fundamental II, assim em toda a rede municipal de ensino há a oferta dos professores de apoio, com planejamentos diferenciados para cada aluno, seguindo a Lei nº 13.146 de 06/07/2015, a qual institui a inclusão da pessoa com Deficiência, no capítulo IV, que trata o direito à educação.
Neste processo de ajustar o aluno com atendimento pedagógico diferenciado tem-se como principal objetivo despertar no aluno alguma internalização de sua cidadania e ao mesmo tempo protege-lo contra qualquer ato de discriminação ou negligência já que todos alunos têm uma habilidade a ser desenvolvida. No entanto é preciso descobrir seu talento e trabalhar para que sua forma de reproduzir o seu olhar do mundo sejam despertados, com o propósito de valorizá-lo e ao mesmo tempo motivar sua permanência na escola.
Por outro lado o apoio das famílias será muito significativo para esclarecimentos do nosso trabalho, bem como a garantia da extensão do trabalho da escola e principalmente mostrar que é possível à absorção do aluno com deficiência na rede regular de ensino. Quanto esta prerrogativa há também um tratamento especificado na lei brasileira 13.146, também no Capítulo IV.
Com este inciso, percebe-se que a inclusão do aluno com deficiência vai mais além do que sua passagem pela escolarização. É necessário um trabalho mais profundo, para atingir um esclarecimento para a comunidade escolar de conscientização e acolhimento, os quais ensejam uma prática séria de aproveitar, ao mesmo tempo empodeirar as famílias para sentirem que a educação está se conscientizando do processo de aprendizagem mais verdadeiro procurando ser mais versátil e flexível, no sentido de reconhecer as várias formas dos saberes. Inclusive praticar uma educação de qualidade, respeitando a diversidade de cada aluno, a qual fortalece o caminho democrático e moderno da cultura brasileira, atravessando os muros das escolas e repercutindo esta atitude positiva na comunidade de origem.
Estabelecer com o EPAD (Encontro pedagógico de apoio aos docentes) o esclarecimento dos apoios médicos na sua especificidade, tratando de recursos possíveis para ajudarem em alguns esclarecimentos ou monitorarem a prática pedagógica.
Montar portfólios para registrarem o progresso de alunos, que podem produzir de forma concreta, a aprendizagem e habilidade do aluno.
Registrar através de fotos, filmagens ou gravações qualquer manifestação de aprendizagem dos alunos escolhidos pelos professores de apoio.
Criar momentos para a participação efetiva da família na elaboração do PDI (Plano de desenvolvimento individual) na escola.
Garantir a visita do neurologista, para diagnosticar a deficiência de cada aluno, que apresenta déficit de aprendizagem.
Elaborar um livro para constar este trabalho pedagógico específico e dar para a comunidade uma perspectiva diferenciada de aprendizagem, revelando para a comunidade um olhar específico do mundo de uma educação inclusiva.
Convidar os pais ou responsável para conhecerem o material confeccionado ou desenvolvido por cada aluno monitorado.